Você já percebeu o quanto uma noite mal dormida pode interferir na qualidade do seu dia seguinte? Imagine agora ter problemas para dormir e/ou um sono ruim ao longo de muitas noites. Embora muitas pessoas, na ânsia de ganharem tempo no cotidiano corrido dos dias atuais, resolvam diminuir as horas de sono para dedicá-las a outras atividades, no longo prazo, a falta de sono tende a oferecer riscos de adoecimento para elas.

De maneira geral, as pessoas entendem que o sono serve para descansar e recuperar fisicamente o corpo. As funções do sono, no entanto, vão muito além disso. Muito da nossa capacidade de aprendizagem, envolvendo a concentração, atenção e memória, depende das nossas horas de sono. Nosso humor e disposição para o dia a dia também são modulados pela qualidade com que dormimos. O sono tem merecido maior atenção nos últimos anos em virtude do melhor entendimento de suas funções e, consequentemente, dos problemas gerados quando ele fica prejudicado.

A necessidade de sono varia de acordo com a idade, e a maioria das pessoas adultas requer de 7 a 8 horas de sono diárias. Dormir muito, contudo, não necessariamente significa dormir bem. A qualidade do sono envolve uma avaliação subjetiva do indivíduo quanto ao efeito reparador das horas dormidas, na qual são consideradas também a dificuldade em adormecer e a presença de despertares frequentes ou prolongados.

Uma grande pesquisa investigou a relação entre sono e saúde mental. Os resultados obtidos sugerem fortemente que distúrbios do sono podem ensejar problemas de saúde mental. Embora muitas vezes reconheçamos problemas de sono como possíveis sintomas de transtorno mental, a pesquisa apresenta dados relevantes demonstrando que a falta de sono, ou mesmo a má qualidade desse, torna as pessoas mais vulneráveis a manifestarem transtornos mentais.

Daniel Freeman, professor de psicologia clínica que liderou o estudo, acredita que uma das razões pelas quais a privação do sono é tão prejudicial para nossos cérebros reside no fato dela incentivar o pensamento negativo repetitivo. "Temos mais pensamentos negativos quando somos privados de sono e ficamos presos neles", explica.

Diversos estudos comprovam que a má qualidade do sono prejudica a nossa saúde e bem-estar geral, além de aumentar o risco de aparecimento de doenças psiquiátricas ou de agravar o seu prognóstico. Nesse sentido, devemos atentar para as relações entre a saúde em geral e o sono.

Caso você esteja insatisfeito com a qualidade do seu sono, existem passos simples que já podem ser de grande ajuda:

Você, que é servidor do STJ, se quiser conversar sobre esse assunto, pode buscar ajuda da Seção de Assistência Psicossocial (SEAPS). Mande um e-mail para saude.mental@stj.jus.br e entraremos em contato.

Vídeos sugeridos:

Fontes consultadas:

FREEMAN, D. et al. The effects of improving sleep on mental health (OASIS): a randomised controlled trial with mediation analysis, 2017. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lanpsy/article/PIIS2215-0366(17)30328-0/fulltext Acesso em: 8/10/2017.

GUTIÉRREZ, A. T. Saúde mental e qualidade do sono em pessoas com transtornos mentais – unidade básica de saúde de Bernardina Augusta Braga de Betim - MG, 2015. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/6021.pdf Acesso em: 8/10/2017.

SAÚDE MENTAL. Sono. Disponível em : http://www.saudemental.pt/sono/4593078356 Acesso em: 8/10/2017.

Texto: Seção de Assistência Psicossocial (SEAPS/SIS/STJ)
Responsável pelo projeto: Camilla Ferreira de Lima (SEADI STJ)
Arte:Murilo Maia de Carvalho (arte/web)